quarta-feira, 17 de abril de 2013
Fauna da região Norte atrai a atenção de pesquisadores da vida animal
As araras azuis, ainda encontradas com frequência na região sudeste do Pará, estão sendo catalogadas e estudadas por biólogos do projeto Conservação das Araras Azuis no mosaico de Carajás, no município de Parauapebas, desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP).
"O estudo que está sendo proposto para essa área é um estudo da biologia reprodutiva. A gente precisa conhecer o comportamento, o habitat do animal, para traçar planos de manejo para a conservação da espécie aqui nesta região", afirma a bióloga Grace Silva.
O projeto, que conta com o apoio de uma mineradora e do ICMB Bio, o Instituto Chico Mendes da biodiversidade, ainda está na primeira de quatro etapas: que é a de avaliação do ambiente, verificação da temperatura e mapeamento de área.
As redondezas da floresta nacional de Carajás foram a área selecionada também por uma característica peculiar. Lá estão muitas aves aldultas, o que significa procriação em breve.
Durante 10 dias, os integrantes do projeto visitaram a região diariamente. No alto das árvores, a constatação da presença de pelo menos 30 araras, quantidade acima do esperado pelos próprios especialistas. Mas para que o projeto seja bem sucedido e não haja extinção dessas aves, os biólogos contam com uma principal aliada, a comunidade.
"A gente está realizando também um trabalho de educação ambiental nas escolas públicas aqui da região. A importância desse trabalho de educação ambiental é conscientar os alunos, mostrar a biologia da espécie, para que eles conheçam como elas se alimentam, onde fazem os seus ninhos, e a forma também de conservar.", explica Talita Almeida, bióloga do projeto.
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